“SIM!”

Como na maioria de seus filmes, Jim Carrey arrasa em “Sim, Senhor” (2009)

Neste fim de semana, assisti o filme “Sim, Senhor” (“Yes, Man” -2009), uma comédia romântica estrelada por Jim Carrey e Zooey Deschanel. E não importa quantas vezes eu assista (essa agora, talvez, tenha sido a milésima vez): eu sempre me sinto mais motivado a tomar decisões. Mas além disso, sempre reflito: Muitas vezes, sem qualquer “programa” ou “compromisso firmado”, nós dizemos “Sim” a tudo. E nos corroemos por isso.

Vamos lá. O personagem de Carrey, Carl Allen, é um cara desmotivado, que foi largado em um relacionamento e que vive uma vida patética. Até que reencontra um conhecido que não via a tempos e descobre que o mesmo deu a volta ao mundo, fazendo o que bem entendesse, inclusive coisas absurdas, como comer morcegos e matar uma vaca com uma bazuca (bizarro!). E tudo isso pelo simples fato de dizer “Sim” a tudo.

Logo Carl descobre que toda essa motivação por viver a vida que seu amigo tem surgiu a partir de reuniões de autoajuda (quase uma “seita”) em que tudo gira em torno do “SIM”. E aí, Carl resolve conhecer de perto essa “religião positiva”, que muda completamente sua vida. Mas que também lhe traz alguns embaraços. Vale a pena assistir o filme e tirar boas lições a respeito.

Como eu disse, eu sempre reflito a respeito dessas lições que o filme nos apresenta. E chego à conclusão que nossa vida muitas vezes se torna um verdadeiro caos justamente por dizermos “Sim” a tudo. Mesmo (e principalmente) quando não queremos.

Vamos a lugares só por educação, pois alguém pediu com tamanha gentileza que nos sentimos péssimos em negar. Aceitamos trabalhos que não queremos, só por que precisamos da grana envolvida. E se temos que negar isso ou aquilo, sentimos uma obrigação interna de justificar o porquê. O que, muitas vezes, nos deixa pior do que ter dito “sim”.

Uma das frases que pra mim é a mais marcante de todo filme é “pesar bem as decisões”. Analisar bem a situação e ver se é favorável. Será que aquela oportunidade que surge na nossa frente é a melhor? Dizer “sim” pode nos levar ao paraíso. Mas também ao inferno. E como não temos como prever o futuro, nossa mente e nossa consciência precisam trabalhar com força total.

Precisamos nos esforçar para vivermos nossa vida, seja ela de modo radical ou pacato. Seja pulando de bungee-jump ou ficando em casa num fim de semana inteiro maratonando os filmes da Marvel. Não importa. É nossa vida e não temos que dar conta dela para ninguém. E muitas decisões que tomamos influenciam diretamente em nosso bem estar. Será que estamos dispostos a mudar algo?

Logo, o problema não é dizer apenas “Sim” ou apenas “Não”. Às vezes um “Talvez” nos dê tempo a pensar, refletir, tomar todas as variáveis possíveis e estabelecer um resultado satisfatório. Mas seja qual for a decisão, temos que nos sentir bem com isso. E não apenas para agradar quem quer que seja.

Assistam “Sim, Senhor”. Tem atuações fantásticas, uma trilha sonora maravilhosa (“Separate Ways”, do Journey, é impagável!), ótimas lições e… Zooey Deschanel! Vale a pena!

Um comentário em ““SIM!”

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  1. As vezes isso só muda com a idade, quando paramos de importa com a felicidade dos outros e começamos a nos amar mais e ver o que é realmente importa para nossa satisfação total.

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