Tudo na vida a gente muda. É preciso adotar certas posturas quando há algum tipo de risco, ainda que isso envolva largar de mão as coisas que você gosta. Tem sido assim desde que arrumei coragem (leia-se: meio que pressionado pela esposa) a consultar uma nutricionista a fim de entrar numa dieta e perder alguns (ou muitos) quilos.
Desde que descobri que tenho lá meus problemas com a glicose, venho tentando encontrar uma forma de não enlouquecer cortando as coisas “deliciosas”. Consegui substituir o açúcar por Stevia e a beber refrigerante “zero” (Pepsi Black tornou-se o meu favorito!). Mas não tem sido o bastante. Continuava acima do peso ideal e com uma barriga ridícula de enorme.
E para piorar, aliado ao que já não estava nada bom, adquiri a famigerada “gordura no fígado” (esteatose hepática), fruto de anos e anos de “porcarias” aleatórias ingeridas (antes de me casar, foram nove anos morando sozinho. Aí já viu). Não teve jeito: eu precisava fazer alguma coisa ou estaria condenado a jamais conhecer meus futuros netos.
Assim, aceitei o desafio apresentado pela “nutri” e há uma semana estou comendo bem, seguindo uma rotina diária de alimentação saudável, com bastante verduras, legumes e carnes brancas ou magras. Comer essas coisas nunca me foi um problema. Tomate, alface, brócolis e afins sempre estiveram presentes no meu dia a dia. Mas agora a situação é diferente: disciplina.
Além disso, foi necessário colocar um pouco mais de “movimento” na minha vida. Eu já caminhava com meus cachorros, mas por poucos quilômetros. Mas também não era o bastante para diminuir a [altíssima] taxa de colesterol e seus puxadinhos. O que fiz: me matriculei na academia de crossfit próxima de casa. Pareço um bobalhão tentando fazer os treinos, mas é o que temos por agora.
É preciso entender que toda essa mudança de estilo de vida não se trata de algo que flua em algo de ordem estética. Longe disso. O maldito sedentarismo é um problema crescente em todo o mundo e sua lista de malefícios gerados é quase interminável. A falta de atividades físicas regulares resulta em uma série de problemas, incluindo obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 (meu caso).
No Brasil, pesquisas recentes têm mostrado uma preocupante relação entre o sedentarismo e o aumento da incidência de diabetes. Indicam ainda que as pessoas que levam uma vida sedentária têm um risco significativamente maior de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação àquelas que se exercitam regularmente.
Uma pesquisa feita Ministério da Saúde revelou que mais da metade dos brasileiros adultos são sedentários. Esse estilo de vida inativo contribui para o aumento dos índices de diabetes no país. A falta de exercício físico regular afeta negativamente a sensibilidade à insulina, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue e, consequentemente, no desenvolvimento da diabetes.
Outro estudo realizado em uma universidade brasileira mostrou que a prática de atividades físicas regularmente reduz consideravelmente o risco de desenvolver diabetes. Além disso, a pesquisa destacou que a atividade física também pode ajudar no controle da doença em pessoas já diagnosticadas, melhorando a sensibilidade à insulina e auxiliando no controle dos níveis de glicose no sangue.
Dessa forma, tomar uma postura contra o sedentarismo e promover uma prática regular de atividades físicas e alimentação saudável são imperativos para prevenir não apenas o desenvolvimento da diabetes, mas também melhorar a saúde em um quadro geral. Além disso, adotar um estilo de vida ativo garante benefícios significativos para o controle do peso, a saúde cardiovascular e a sensibilidade à insulina. Ou seja: seguindo “esses pequenos” cuidados você poderá viver mais. E melhor.
O desafio tem sido grande. Mas, por ora, não vejo como algo impossível de fazer. Basta umas doses de esforço e determinação e uma pitada de “vergonha na cara”. Afinal, a vida é um presente, preciosíssimo, de Deus. E o que fazemos quando recebemos algo de alto valor? Nós zelamos! Então, zelemos por esse dom valioso que temos. Com muita salada!
(Obs.: Já não via a hora de voltar a escrever aqui!)
Fábio Cavalcante |BLOG 
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